domingo, 16 de outubro de 2011

Quenga de Plástico - Juliana Frank (vídeo: Rua Augusta - Sampa)

Frank acaba de lançar um livro. Seu primeiro romance. Isso seria uma grande novidade se todos nós, seus amigos e admiradores, não tivéssemos a absoluta certeza de que ela já teria lançado dezenas de livros. É que Jou é um poço de histórias e é difícil que a memória aquiesça que elas nunca tenham sido publicadas antes. Mas aí está, a história fez justiça, e Quenga de Plástico saiu do forno pela Editora 7 Letras, breve entrevista com a autora.

L.P: A protagonista de Quenga de Plástico, Leysla Kedman, já existia antes do livro no blog Trocando de Biquini Sem Parar. O livro tem o mesmo conteúdo do blog?
R: O livro tem segredos impublicáveis. Muito mais conteúdo que o Blog.
L.P: Acredita que a internet seja importante para formação de novos escritores?
R: Para a formação do escritor o importante é a leitura, a imersão e o entusiasmo. A Internet entra para divulgarmos o nosso trabalho, para conhecermos outros escritores e claro, o google dá aquelas informações que suprem lacunas. Pertencemos a geração google do saber e quem faz discursos contra acaba sempre tirando uma fatia. É irresistível.
L.P: Leysla Kedman é uma representante da categoria “puta que pensa”, muito querida da literatura, como A Teresa Filófofa ou a Madame Clessi e agora a autobiográfica Bruna Surfistinha. Por que essa figura fascina tanto?
R: A Leysla é mais uma filosoquenga, ela trata de pornosofias. As pessoas ficam fascinadas quando um escritor escreve coisas que ninguém pensa em ler. Mesmo acostumados com narrativas sexuais, as pessoas ainda querem saber como você pensa sacanagem. Uma visão distorcida do sexo e da vida é sempre envolvente.
L.P: Toda puta tem um pouco de escritora, narradora, contadora de histórias?
R: Todas as vidas vividas merecem um romance. A puta é uma colecionadora de vida, ao contrário dos filosófos puros, que são a platéia do mundo. As putas estão sempre em ação.

L.P: A literatura com conteúdo erótico saiu da obscuridade em poucos momentos da história: Anais Nin, Cassandra Rios, Hilda Hilst e mais recentemente Reinaldo Moraes conseguiram ultrapassar essa barreira. Acredita numa bela retomada da sacanagem literária?
R: O sexo é importantissimo pra história da literatura. Nas tragédias gregas, nos mitos antigos, todos se comiam. Essa coisa rasteira, prosaica do sexo, quando se mistura com o lirismo, com o humor ou no estilo direto da literatura contemporânea acaba mostrando que só criamos outras maneiras de narrar a mesma história.

L.P: O recém falecido escritor Argentino Ernesto Sábado dizia que “Cuando el acto carnal termina para el hombre, para la hembra comienza. En cierto modo, la mujer es toda sexo.” Acredita que é por isso que a partir do século 19 a literatura erótica tem sido feita na sua maioria por escritoras?
R: Essa frase é uma visão bem romântica da mulher. A mulher sempre foi a mantedora do pecado. A literatura sempre teve um compromisso com a mulher do mal. a Bíblia é uma sacanagem desenfreada. Hoje, as mulheres não são mais o objeto da literatura, sempre retratadas pelos homens, tomamos a primeira pessoa. Escrevemos nossas estórias com nossas próprias mãos. Acabou essa cultura de sermos retratadas pelo olhar do outro. Saímos do banco dos réus.

L.P: Vai continuar abordando o sexo nos seus próximos projetos?
R: Tenho dois romances saindo. Não tratarei mais de sexo, o assunto foi limado até o sabugo. Gastei tudo. Tenho fixação pelos temas contemporâneos, pela fragilidade dos laços humanos. Apesar de não tratar mais de sacanagem, ainda continuo me debruçando sobre como o mundo do capital nos afasta de nós mesmos e nos transforma no que não sabemos se queremos ser. A Leysla Kedman tem um otimismo doentio, minha personagem de agora é anacrônica, niilista. São olhares distintos para um mundo igual, que nos trai de qualquer maneira. No outro romance que comecei quase sem querer, o personagem é um escritor acabado. Os meus personagens têm esse problema, eles precisam de espaço. Dessa forma vou encontrando o meu espaço que é minha arte – quando a tenho.


Rua Augusta, Sampa... uma noite de 2010.

Jornal da Globo, 28jan2011. A Augusta é uma das ruas mais emblemáticas em São Paulo. Ela tem bares, restaurantes, cinemas e outras atrações para todo o tipo de gente, que frequenta o local.

Documentário produzido por Betão. VF um rolezinho na madruga bebaço se vc se perde cai no lado Junkie da cidade. Voltando da Madalena fui parar na Augusta e de lá começou a filmagem seguindo até o Centro e por final passo na Cracolândia... Sinistro cumpadi... só zumbi... tudo isso porque errei o caminho...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Linguagem do Corpo - Cristina Cairo

Seleção das melhores frases deste livro. Pesquisadores e estudiosos sérios tentam constantemente provar a existência de outras forças atuando sobre o organismo. Sabem que em nossos vasos sangüíneos fluem propriedades semelhantes à eletricidade que os próprios médicos chamam de “Sistema Nervoso Elétrico”. A ciência médica, cada vez mais, está admitindo que o ser humano é regido por uma espécie de eletricidade semelhante àquela que flui pelos fios de nossas casas.

O cérebro pode ser programado a acreditar somente no que é registrado no seu subconsciente. Enquanto as pessoas buscarem a cura de suas doenças no corpo físico, continuarão soterradas sob uma avalanche de perguntas sem respostas, porque a doença não existe fisicamente, mesmo diagnosticada como existente.

O Vaticano e a Ordem Rosacruz possuem, trancados em seus cofres, os pergaminhos originais da época de Jesus Cristo, o que faz deles os grandes mestres dos “símbolos reais da salvação”. Mas, sabe-se que o Vaticano não transmite totalmente a verdade, restringindo-se, apenas, àquilo que lhe convém. Ensinarei neste livro somente o que nos interessa sobre saúde, facilitando às pessoas a se autoconhecerem e a se conscientizarem do seu próprio poder de cura. Você descobrirá como rejuvenescer, como melhorar sua estética, sua saúde e como realizar seus desejos através do seu inconsciente. Passei anos de minha vida pesquisando para concluir que tudo se resume na simplicidade do pensamento. Para atingirmos nossos objetivos, pela mente inconsciente, devemos falar e agir com objetividade, criando frases curtas e direcionadas para o nosso interior. Portanto, a linguagem deste livro será sempre a mais leve possível. Digo, com plena convicção, que o tempo não é o responsável pelas doenças e que a fatalidade não existe!

Afirmo que tudo depende do nosso próprio mundo interior, isto é, que nós geramos nesta vida o que inconscientemente achamos conveniente, independentemente de nossas vidas passadas. Tudo pode ser programado.
E o mundo é um grande espelho mágico! Atrairemos para a nossa vida aquilo em que acreditamos profundamente. Se acreditamos que determinadas pessoas são falsas e traiçoeiras, com certeza seremos atingidos por elas e, certamente, diremos: “Eu não disse? Não se pode confiar em ninguém!”. E assim nosso ego estará realizado. Mas, se ao contrário, acreditarmos que, assim como nós, todas as pessoas buscam a felicidade, que também necessitam de compreensão, que também alimentam o medo de serem atacadas e trapaceadas, se acreditarmos que todos buscamos o mesmo objetivo e que, no final do túnel, todos procurávamos a mesma coisa, certamente seremos vistos da mesma forma e, pela lei da causa e efeito, seremos ajudados e benquistos. Você pode ter e ser o que quiser, se conseguir acreditar que tudo é reflexo de si mesmo. O corpo é a tela onde se projetam as emoções. E todas as emoções negativas são projetadas em forma de doenças. O inconsciente relaciona universalmente a função do órgão a uma emoção equivalente.

A PNL estudou profundamente as reações do corpo e encontrou os canais de acesso à mente inconsciente. Assim desenvolveu uma comunicação com todas as partes do cérebro para buscar a raiz das doenças no âmbito emocional.
A PNL comprovou que, antes mesmo de um indivíduo verbalizar seus pensamentos ou sentimentos, o corpo, através do sistema nervoso, transmite movimentos musculares e oculares imperceptíveis. Essa comunicação não verbal pode trazer ao ser humano - como está trazendo - uma autocomunicação, o que quer dizer que, conhecendo-se a comunicação não-verbal própria e das outras pessoas, é possível entender os porquês de problemas de saúde ou pessoais. Em última análise, está comprovado que através dos movimentos dos olhos, cor da pele, temperatura do corpo, ou movimentos sutis dos músculos, são reveladas as verdadeiras intenções de uma personalidade. Ficou comprovado que doenças e infelicidades têm como causa a consciência de culpa e contrariedades profundas.

Dr. Luiz Miller de Paiva: “Muitos se perguntam como a mente é capaz de produzir doenças em outros órgãos. Simples. Basta recordar que o cérebro comanda todo o organismo por mensageiros químicos. O mesmo princípio explica como ele pode produzir alterações danosas nos demais tecidos do corpo. Mas, se a somatização muitas vezes é um mal menor, em alguns casos poderá estar na raiz de problemas sérios do caráter da pessoa”. É possível analisar a situação familiar, profissional, amorosa, etc., de uma pessoa, apenas conhecendo sua doença.
(...) A partir desse quadro, passe a ter cautela e maior senso de observação, tanto para a sua vida particular, quanto para a vida de seus colegas e familiares. É muito importante respeitar o pensamento de reserva de outras pessoas! Portanto, se desejar conferir esse ensinamento, faça-o sem imposições e com sutileza. Doenças, acidentes ou problemas são toques do inconsciente.

Doenças ou acidentes no lado direito (yin) do corpo:
Na mulher(yin), significam:
Conflitos com outras mulheres: mãe, sogra, patroa ou outra mulher que exerça poderes sobre suas emoções. Autocobrança excessiva (lembre-se, o lado direito simboliza mulher). Inflexibilidade consigo mesma. Culpa consciente ou inconsciente.

No homem (yang), significam:
Conflitos com mulheres, ou situações problemáticas arquivadas e não resolvidas: mãe, sogra, patroa, esposa, filha ou outra mulher que exerça poderes sobre suas emoções.

Doenças ou acidentes no lado esquerdo (yang) do corpo:
Na mulher (yin), significam:
Conflitos com homens ou situações problemáticas arquivadas e não resolvidas com o sexo masculino: pai, sogro, patrão, marido, filho ou outro homem que exerça poderes sobre Suas emoções.
Pode ser mágoa, ressentimento, ódio, ciúme, sentimento de vingança secreto, etc.

No homem (yang), significam:
Conflitos com outros homens ou consigo mesmo: conflito com pai, sogro, patrão, funcionário, filho ou outro homem que exerça poderes sobre suas emoções. Autocobrança (lembre-se, o lado esquerdo simboliza homem). Inflexibilidade consigo mesmo. Culpa consciente ou inconsciente.

Para que nosso corpo fique livre dessas psicossomatizações é necessário que haja uma auto-reflexão sincera e um reajuste na harmonia entre yin-yang, ou seja, devemos conhecer os motivos que outras pessoas tiveram para estar em conflito conosco. Descubra o motivo desse desequilíbrio e reconcilie-se com você mesmo e com as outras pessoas, mesmo que elas estejam em outro plano cósmico. É importante estarmos de bem com a nossa consciência.

Apesar de surgirem cada vez mais médicos e remédios no mundo, as doenças aumentam em vez de diminuírem. Esse fato estranho deve-se à excessiva preocupação das pessoas com seu corpo. Os médicos nem sempre são culpados. Mas há aqueles que, por razões que não nos cabe julgar, levam seus clientes a acreditarem que estão realmente doentes, ou que poderão vir a ficar, caso não se preocupem com o seu corpo. Conseqüentemente a humanidade fica com o organismo cada vez mais frágil. Receitam, por exemplo, uma dieta rigorosa com base em estudos meticulosos do índice de calorias, vitaminas, etc., dos alimentos. Em vez de ensinarem aos seus pacientes a busca de seu equilíbrio emocional, transtornam ainda mais suas emoções pelo sentimento de culpa que é gerado no indivíduo ao tentar seguir rigidamente essas tabelas alimentares. Quando as pessoas não conseguem cumpri-las por alguma razão, logo se desesperam e tornam-se ansiosas pelo nervosismo e autocobrança. E quem consegue seguir, perfeitamente, essas tabelas de calorias e vitaminas, hoje em dia? E, ainda mais, com o avanço da bacteriologia, os médicos tornaram-se muito exigentes quanto à esterilização dos alimentos, entretanto, se fervemos ou cozemos os legumes para eliminar os micróbios, será destruída a vitamina C; e se quisermos preservar essa vitamina, não poderemos eliminar as bactérias. Ficamos, pois, numa situação muito difícil. Há pessoas que, por temerem profundamente a contaminação ou intoxicação, seguem à risca todo tipo de cuidados, até mesmo perdendo sua liberdade de agir e pensar.

Se até os ”experts” no assunto divergiam entre si, que dizer dos leigos que procuravam a verdade alimentar para viver melhor? Mas, as divergências sobre a alimentação sempre existirão. Portanto, se dermos ouvidos a cada uma dessas opiniões, ficaremos realmente neuróticos. Muitas doenças surgem devido ao sugestionamento e associação de idéias, que essas divergências de opiniões acabam provocando nas pessoas. Quanto mais nos preocuparmos com regras alimentares, maior será o medo de errar e, psicologicamente, estaremos entrando num labirinto, com a expectativa de encontrarmos uma doença em cada saída.

Não devemos ter excesso de preocupação com o que comer, porque nossa intuição natural sabe o que nosso corpo necessita. Para que tenhamos saúde, é preciso compreender que o ser humano não é feito com ”material de segunda”. A natureza criou o ser humano à sua imagem e, portanto, organizado e completo para se recuperar com a energia vital nata. Um exemplo de influência negativa a respeito do corpo humano é induzir uma gestante às vésperas do parto, através de orientação médica e conselhos dos mais velhos, providenciar “certos remedinhos que serão necessários” para a saúde da criança. Ora! Isso mostra o quanto a humanidade está presa ao conceito de doença desde o nascimento. A criança já vem ao mundo “informada” sob os cuidados para evitar as doenças e, lamentavelmente, são poucas as pessoas que acreditam na força da energia vital, que dispensa qualquer remédio. A liberdade de movimentos, a despreocupação com regimes e o equilíbrio das emoções traz ao ser humano a satisfação de viver e descobrir que seu corpo não precisa de nada para continuar a vibrar as energias já latentes. É a própria mente que destrói o que a Natureza cria com perfeição. O corpo é o reflexo daquilo que acreditamos e não poderá existir doença se não acreditarmos nela.
Link para arquivo digital ebook's de Cristina Cairo:
http://www.4shared.com/document/MLehsVGO/Linguagem_do_Corpo_1_-_Cristin.html
http://www.4shared.com/document/Lqi-lC-2/Linguagem_do_Corpo_2_-_Cristin.html

Os riscos da Sedução - Maria Silvia Orlovas

Quando falamos de sedução, logo pensamos em garotas lindas usando roupas sensuais ou nos filmes de amor, em que pessoas tentam de todas as formas viver um grande amor. Sedução fala muito ao inconsciente feminino.

Não conheço uma mulher que já não tenha tentado seduzir o seu parceiro. Creio, inclusive, que é uma atitude saudável se for usada em proporções corretas. Cuidar de si, do seu corpo, arrumar os cabelos; tratar do espírito também faz parte. Enfim, dar ao mundo o nosso melhor. Tudo bem... O que não é recomendável é se manter sofrendo porque não alcançamos o objetivo de nossa sedução.

Queremos ser amados, aceitos e acolhidos, como sugere uma técnica do Havaí que ensina mostrar afeto e empatia com o sofrimento e dores, dizendo: “Sinto muito”. Depois externar carinho e respeito e incentivar o desenvolvimento, dizendo: “Eu te perdôo”. Finalmente, sentir amor intenso e verdadeiro expressando também um abraço apertado dizendo: “Eu te amo”. A maioria de nós pensa na sedução como uma técnica de conquista, mas ao contrário disso, é um comportamento comum que usamos em nossa vida. No jeito de se vestir, sentar, agir, sempre carentes de algo, de alguém, de alguma palavra. Tentamos seduzir o mundo à nossa volta para preencher o vazio interior. E parece que quanto mais colocamos coisas na nossa vida, mais vazios nos tornamos.

Queremos amar, mas não sabemos acolher nossos próprios sentimentos e desafios.

Amigo leitor, não estou sugerindo que você se deite numa cama e aceite que está sofrendo por ser uma pobre vítima de um destino infeliz; isso não é verdade, por pior que seja o seu momento atual... Tenho certeza absoluta que existem várias coisas que você pode fazer, mas tem que ser diferente de tudo o que você tem feito. Pense nisso... Pois se a vida está ruim e você se sente vítima de alguma situação, o destino está gritando: Mude, transforme-se, encontre alternativas. Isso é muito positivo. Se há portas fechadas, você está sendo convidado a usar sua força divina.

Nesta sintonia de sedução diferente que estou abordando neste artigo, recebi Heliodora. Essa mulher era uma executiva que havia largado uma carreira de sucesso para se dedicar aos negócios da família, casada, com quatro filhos (sendo um adotado), veio desabafando que tudo estava errado em sua vida. Apesar de passar muita força, ela tinha uma voz suave e uma aparência tranqüila. Como estou acostumada com o mergulho interior, trazendo situações diferentes do mundo objetivo, não estranhei quando apareceu uma vida em que ela havia sido um fazendeiro com muitos escravos que se sentia também um escravo frente aos seus enormes compromissos, pois ele tinha que manter sua estrutura funcionando mesmo em épocas de seca, ou de quebra da lavoura. Ele queria cuidar de todos e não se sentia acolhido ou cuidado por ninguém. Suas atitudes eram rudes e não demonstravam o que ele carregava no seu coração. Havia uma tristeza imensa em sua alma e uma profunda solidão. Quando conversamos, Heliodora me disse que era exatamente o que ela sentia hoje. Você que está lendo este artigo pode estar se perguntando: o que isso tem a ver com sedução? E eu respondo: Tudo...

Heliodora confessou estar sempre trabalhando para conquistar o afeto das pessoas. Sentia que seu casamento estava falido. Seu marido simplesmente se recusava a crescer, assumir responsabilidades e, assim, ela tinha que bancar tudo da mesma forma que fez na sua vida passada e, embora contrariada, ela mantinha seu casamento devido aos filhos...
- Você está casada por conta dos seus filhos? Perguntei para ajudá-la a entender suas escolhas e o sofrimento que isso causava em sua vida.
- É, estou casada porque acho que meus filhos precisam de um pai. Assim me sujeito a coisas que você nem pode imaginar. Nunca faço o que quero, faço tudo pelos outros. Vivo seduzindo todo mundo para ter as pessoas que amo perto de mim.
- E isso funciona?
- Não sei dizer... Todos estão por lá, mas não tenho o apoio de ninguém. Meus filhos estão acostumados a receber o que faço por eles e meu marido é mais um filho na minha vida.
- E por que você não muda tudo isso se já sabe que essas questões a estão perturbando demais?
- Não mudo porque tenho medo de perder as pessoas. Vou me sujeitando ao que está à minha volta e acumulando contrariedades e acabo estourando em horas erradas.
Você acredita que isso esteja me deixando mais pobre também? Perguntou ela com os ombros pesando em sua aparência.
- Isto está acontecendo em sua vida? Perguntei.
- Sim, cada vez trabalho mais e recebo menos. Estou me sentindo pobre e tenho que correr atrás das coisas agradando as pessoas, fazendo favores, seduzindo.

Foi inspirada nesta história da minha cliente que percebi que esse tipo de comportamento também pode ser chamado de sedução. A pessoa se sente tão pequena, tão sem valor que fica mostrando ao mundo à sua volta uma beleza, uma força que não é real e torna-se vítima de sua forma sofrida de viver a vida. Conversamos muito sobre mudar tudo isso que Heliodora enfrentava. Chegamos juntas à conclusão que o primeiro passo seria aprender a dizer não, e colocar limites nos seus relacionamentos, mas não adiantaria nada se ela não assumisse interiormente essa decisão. Entendemos também que ela deveria repensar sua escolha de manter o casamento e permitir que seu marido cresça e assuma seu papel, pois se ela se colocar à frente e cuidar dos filhos como pai e mãe, por que fazê-los conviver no mesmo teto?

E por último, a vivência mais importante que é acolher a si mesma, perdoando-se das falhas e assumindo o amor. Expliquei para ela que é fundamental o amor próprio, a auto-aceitação, a visão de que somos filhos de Deus. Os Mestres de Luz ensinam a prática da presença “Eu sou”. Mas para a maioria das pessoas isso não significa muito pois estamos tão afastados do nosso “Eu sou”, que já não sabemos mais o que de fato somos.

Confundimos tudo pensando que somos, ou temos que ser pessoas boazinhas, fazer tudo pelo outro, agradar as pessoas... Isso é válido até certo ponto de equilíbrio, mas precisamos nos aceitar, nos ver como estamos. Olhando para um espelho real, sem maquiagens. Se estamos tristes, precisamos assumir a tristeza, se temos raiva de alguém também precisamos aceitar que temos esse tipo de sentimento, sem nunca esquecer que somos algo mais. Somos seres amorosos e poderosos. Por circunstâncias adversas atravessamos um aprendizado difícil, mas lembrando que tudo pode mudar. Basta coragem e fé.

Quando Heliodora foi embora e a porta se fechou às suas costas, prometi a mim mesma que falaria para as pessoas dos riscos da sedução... Seduzir não é apenas usar roupas justas emoldurando um corpo bonito. Seduzir muitas vezes é uma ação desesperada de encher o coração daquilo que acreditamos estar no outro. Um ato falho quando imaginamos que não temos amor suficiente para nos suprir. Amigo, neste momento, vibre amor, imagine uma linda flor no seu coração e vibre amor!

Saiba mais sobre o Grupo de Meditação com Maria Silvia Orlovas





morlovas@terra.com.br = Maria Silvia Orlovas

sábado, 24 de setembro de 2011

Leticia Thompson


Rastros de mim
Me perseguem com ousadia,
Uma sombra
Em plena luz do dia
Da qual não posso fugir...
Sou poeta!
Tenho a alma nua
E dedos longos.
Gosto de canetas, lápis, pincéis!
Sou um livro,
Sem prefácio, sem resumo,
Sou letras simples,
Eu presumo...
Brilho fado,
Carrego meu fardo
De ser dor e poesia.
Gosto de solidão.
Tenho mais que um coração:
O meu
E o de outros.
Quem me lê, me sente,
Sente comigo.
Meus versos vêm de dentro
Quando adentro
Almas amigas
E amo por elas.
Abraço as palavras
Que são minhas
E que dôo...
E fico nas entrelinhas.

Nasci em Itapemirim-ES, sou evangélica e me mudei para a Bélgica, pais que amo de coração, desde 1990. O Senhor me presenteou com o dom de escrever e tento usar isso a serviço dEle, pois tenho em mim um enorme amor pelo ser humano. No demais, sou uma pessoa como todas as outras, cheia de sonhos, perspectivas e espero sempre que amanha vai ser um dia melhor.
Beijos, Leticia



Música: Linkin Park - In The End (instrumental). Cenas editadas, extraídas de "danielstrabelli". Texto "Casos Perdidos", de Leticia Thompson

O Poder do Amor - Owen Waters

O amor, em suas várias formas, é o impulso todo-poderoso que conduz as pessoas a extremos de esforço humano. Essa força potente que permeia o universo é parte e parcela da experiência humana, nutrindo as pessoas com conhecimento e evolução. É a força motriz por trás de toda a vida em sua jornada de volta à Unidade de todas as coisas.

Há muitas formas de amor. Há o amor de uma mãe por seu filho. Há o amor da criança por seus pais. Há o companheirismo das pessoas de mentes semelhantes. Há o amor mostrado no autossacrifício para salvar outros durante uma crise. Todas essas são manifestações do único amor, da única energia que permeia toda a existência em todas as frequências da consciência. O mundo está mudando. Ele está se transformando em um mundo de dignidade humana e equilíbrio, onde uma pessoa é respeitada por todas as outras, onde o sofrimento chegou a um fim porque as pessoas conseguem, de coração, servir a humanidade de qualquer modo que acham adequado. É um mundo de amor que irá florescer quando o medo chegar ao fim. Quando o medo for transformado, as pessoas não lutarão por recursos, elas criarão meios de assegurar que haverá o bastante de tudo para todos. Quando o medo for transformado as pessoas não necessitarão ter poder sobre outras a fim de se sentirem mais seguras internamente.

O medo é uma energia mental. Ele circula o globo dentro do cinturão de mentes da humanidade. Ele pode ser transformado em amor através das orações e intenções de todo indivíduo desperto espiritualmente sobre a face do globo. Quando o medo for neutralizado pelo amor, a paz mundial irá amanhecer. Mandar sua energia amorosa para o mundo é um ato de transformação, e o único com seu nome. Quando você se juntar a milhões de outros neste ato dinâmico de transformação, teremos paz na terra.
Para aprender como transformar o mundo e, ao mesmo tempo, obter a inspiração e o poder de transformar todos os desafios em sua vida, leia o e-book de Owen Waters, "Freedom of the Spirit" (Liberdade do Espírito), disponível em: http://www.infinitebeing.com/ebooks/freedom.htm

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Luis de Góngora y Argote

Nasceu em Córdoba - Espanha, 11jul1561 – 23mai1627, Poeta, líder da corrente literária autodenominada cultismo, desenvolve um estilo, o gongorismo, marcado pelo uso acentuado de hipérboles, metáforas obscuras e dubiedades. Luís de Gôngora y Argote nasce em Córdoba e começa a estudar direito em Salamanca.

Em 1581 retorna à cidade natal e logo conquista fama com seus romances, letrillas e sonetos. É protegido por um tio, Francisco de Gôngora, capelão real, sob a condição de receber as ordens menores. Inicia então os estudos religiosos, mas só é ordenado sacerdote aos 56 anos. Começa a freqüentar a corte de Filipe III e passa a levar vida mundana. Cria algumas inimizades literárias, entre elas com Francisco de Quevedo y Villegas, adeptos do conceptismo – culto à sutileza dos conceitos, mais do que à complexidade da forma poética. No fim da vida passa por crises financeiras e chega a ser ameaçado de prisão pelos credores.

Em 1626, mal restabelecido do que parece ter sido uma congestão cerebral, retorna a Córdoba, onde morre no ano seguinte. Não chega a ver a primeira edição completa de seus poemas, que fica pronta no mesmo ano, sob o título Obras em Versos do Homero Espanhol.

SONETO XXV
Los blancos lilios que de ciento en ciento hijos del Sol, nos da la Primavera, a quien del Tejo son en la ribera, oro su cuna, perlas su alimiento; las frescas rosas, que ambicioso el viento con pluma solicita lisonjera, como quien de una y otra hoja espera purpúreas alas, si lascivo aliento, a vuestro hermoso pie cada qual debe su beldad toda. Que hará la mano, si tanto puede el pie, que ostenta flores, por que vuestro esplendor venza la nieve, venza su rosicler, y por que en vano, hablando vos, espiren sus olores?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Gotan Project

As músicas do trio Gotan Project são verdadeiros experimentos sensoriais que misturam batidas de musica eletrônicas com o típico tango Argentino e pitadas de Jazz.



Quando Philippe Cohen Solal de nacionalidade Francesa, Eduardo Makaroff Argentino e Christoph H de origem suíça, se reunirão em 1999 em Paris eles tinham uma missão pela frente criar musicas de qualidade que ajuntasse todas as qualidades dos 3 países de origem dos integrantes da banda, desse Brainstorm cultural nasceu o Gotan Project. A música do Gotan é tão singular que foi necessário criar uma nova modalidade musical o Tango Eletrônico que englobam batidas eletrônicas, o típico tango e o jazz em musicas rápidas, dançantes e com sentimento. De 2000 a 2010 a banda já produziu muito material, os primeiros single da banda se chamam Vuelvo Al Sur e El Capitalismo Foraneo de 2000 logo em seguida veio o disco La Revancha del Tango de 2001.


O Nome Gotan Project vem da idéia da inversão de palavras, seguindo o costume do lunfardo gíria argentina de pronunciar a palavra de trás para frente GO Tan – Tango.

Hermanoteu na Terra de Godah - Os Melhores do Mundo


A comédia conta a história de Hermanoteu, irmão de Micalateia e típico hebreu do ano zero, companheiro, bom pastor e obediente. Ele recebe a missão divina de guiar seu povo à terra de Godah, numa sátira à história bíblica de Moisés.



Eu sei, é meio atrasado mas, antes tarde do que nunca, tenho um assunto interessante para comentar com vocês. Esse final de semana, Os Melhores do Mundo vieram para Recife apresentar a sua peça "Hermanoteu na Terra de Godah". Viciada do jeito que é, Paulotinha comprou ingressos para a gente há meses atrás e o melhor, na primeira fila, praticamente no meio do palco, tanto é que graças a tal posição privilegiada, fomos "presenteados" com altos flagras ao melhor famosas sem calcinha, graças aquelas roupas curtíssimas do tempo romano que os atores usavam, nem um pouco agradável ao contrário da peça!

Hermanoteu na Terra de Godah conta a história de Hermanoteu, irmão de Micalatéia (Micalatéééia?! Hmm...), e suas aventuras para cumprir uma missão divina dada por um anjo: Guiar o seu povo a prometida Terra de Godah! Em todas suas andaças, Hermanoteu encontra várias celebridades da época, desde Cleópatra, até mesmo o filho do Todo Poderoso, Jesus! Tudo isso com o bom humor que Os Melhores do Mundo tem e que você provavelmente já conhece de quadros, como o do Joseph Climber, de outras peças deles. Embora eles toquem em temas atuais (com o caso do Ronaldo com as travestis) e tornem toda a peça ainda mais interessante pelo simples fato de acrescentar, em certos pontos, aspectos típicos da região onde eles estão (no caso de Recife sobrou até gozações em relação ao Náutico, Sport e Santa Cruz) a peça estreou no Teatro Garagem do SESC em junho de 1995! Naquela época eles acreditavam se divertir mais do que divertiam o público. Mas o tempo passou e eles remodelaram o espetáculo, tornando-o hoje uma das melhores peças do grupo de comediantes. Quem não viu, recomendo bastante que assista, dá pra se divertir bastante nos diversos quadros da peça. Para uma pequena prévia, veja no início do post uma das cenas no vídeo, mostrando o último hebreu do Egito! E ao pessoal da Cia. de Comédia Melhores do Mundo, que abaixem o preço da próxima vez que vierem se apresentar aqui, 60 reais é algo muito salgado de se pagar por mais engraçado que seja.

Italo Balbo Di Fratti Coppola Rossi

Nasceu em Botucatu, 19jan1931 — R. Janeiro, 2ago2011, ator brasileiro em 1959, formou a Cia. Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a peça O Mambembe, de Artur Azevedo. A montagem é considerada pela crítica um marco no teatro brasileiro.

Com o Teatro dos Sete, Ítalo participou do Grande Teatro Tupi, também ao lado dos amigos Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Fernando Torres, Manoel Carlos, entre outros. O teleteatro apresentou um repertório de mais de 450 peças. Depois de seis anos no ar na TV Tupi, o Grande Teatro transferiu-se, para a TV Rio e depois, para a Rede Globo. Foi um programa formador de plateia, e referência na história da televisão e do teatro brasileiro. Fez participações importantes em telenovelas como Escrava Isaura, Que Rei Sou Eu?, Araponga, Senhora do Destino e Belíssima. Também foi o Rei Minos no episódio "O Minotauro" do Sítio do Picapau Amarelo em 1978.
Seu último papel na TV foi no programa humorístico Toma Lá, Dá Cá (2008), da Rede Globo, em que interpretou a personagem Seu Ladir que popularizou o bordão "É mara!" (É maravilhoso!)

Filmografia
1953 - Esquina da ilusão, O Homem dos papagaios e Uma vida para dois
1954 - A sogra e Destiny in Trouble
1957 - O pão que o Diabo amassou
1958 - E o espetáculo continua - Quincas
1965 - Society em baby-doll
1966 - Paraíba, vida e morte de um bandido
1967 - A derrota e Cara a Cara
1968 - Desesperato e O Engano
1979 - A república dos assassinos e O bravo guerreiro
1989 - Doida demais
1991 - SD do forcas armadas !
1997 - A grande noitada - Butuca
2003 - Maria, mãe do filho de Deus - Caifás
2008 - Sexo Com Amor? - Padre Ancelmo


Televisão
1963 A morte sem espelho e Pouco amor não é amor
1964 Sonho de Amor e Vitória (TV Rio)
1965 Padre Tião - Padre Tião
1969 Um gosto amargo de festa (TV Tupi)
1970 E nós, aonde vamos (TV Tupi)
1972 Jerônimo, o herói do sertão - Coronel Saturnino Bragança (TV Tupi)
1975 Bravo - Paes Duarte
1976 Escrava Isaura - José e Vejo a lua no céu - Jacinto
1978 Sítio do Picapau Amarelo - Rei Minos..."O Minotauro"
1981 Brilhante - Delegado
1983 Parabéns pra Você - Vice-reitor
1984 Transas e Caretas - Gilberto (Braga)
1985 Tudo em Cima - Dr. Evandro Sena (Rede Manchete)
1988 Chapadão do Bugre - Damasceno Soares (Rede Bandeirantes)
1989 Que Rei Sou Eu? - Marquês de Castilha
1990 Araponga - Zaca
1993 Olho no Olho - Ferreira
1995 Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Dr. Phocion
1998 Serras Azuis - Eleogadário (Rede Bandeirantes)
2000 Esplendor - Vicente
2002 Coração de Estudante - Juiz Bonifácio
2003 Kubanacan - Trujillo
2004 Senhora do Destino - Alfred
2005 Mandrake - Dr. Graff e Belíssima - Dr. Fernando Medeiros
2008 Toma Lá, Dá Cá - Ladir Miranda

A estréia de Italo Rossi no sitcom "Toma Lá Dá Cá" (temporada 2008), no papel do controvertido S.Ladir, marido de D.Álvara (Stella Miranda). Participam também da cena Adriana Esteves (Celinha), Miguel Falabella (Mário Jorge), Diogo Vilela (Arnaldo) e Marisa Orth (Rita). Programa exibido em 1abr2008.


No Fantástico de 19out1980, o esplêndido ator Ítalo Rossi encenava um poema do não menos brilhante escritor Rubem Braga. Dobradinha de dois grandes em suas respectivas áreas, coisa rara na TV nos dias de hoje.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ercília Ferraz de Arruda Pollice

reside em Campinas, é formada em Letras pela USC – Bauru, bacharel em Literatura Portuguesa. Escritora, conta com 10 livros publicados, entre eles livros infantis e juvenis, além de inúmeras crônicas e poemas. Integra a Academia Campineira de Letras e Artes e Academia Bauruense de Letras. Foi indicada para o Prêmio Jabuti pela autoria do livro infanto–juvenil "Só, de vez em quando" da Editora FTD. Ercília também é artista plástica catalogada no Cat. Júlio Lousada. Aquarelista, já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas em diversos salões e galerias, inclusive em Paris. Alegre, de bem com a vida, adora relacionar-se. Sua preferência é escrever sobre relacionamentos em todas as áreas e níveis. Também tem uma queda por comentar fatos políticos e suas implicações, sempre com bom humor e alguma ironia. Poeta, fala só do amor. Quando escreve faz pinturas de palavras, sua arma maior. Quando pinta faz poemas de cores. Tem 3 filhos, escreveu vários livros e já plantou centenas de árvores. Agora, é desfrutar os bons momentos que a vida sempre oferece àqueles que tem olhos e ouvidos para ouvir e entender estrelas.

erciliapollice@gmail.com

Palavras, apenas palavras, nada mais que palavras!
As palavras fazem parte da minha existência. São tantas as palavras que habitam minha cabeça, que sinto necessidade, vezes sem conta, de pô-las pra fora. E, só em dizê-las não me faz contente. Não me satisfaço!

Preciso, então, me ausentar de mim mesma, e numa folha em branco ir esvaziando aos borbotões todas as palavras que me enchem a alma e moram dentro em mim. Soltando-as assim quase sem pensar, num turbilhão de pensamentos que as vão unindo em cores, formas, sons, dando-lhes uma aliteração tão forte, uma musicalidade própria que, pra que não me fujam, mesmo sem uma rima sequer, as enfeixo. amarrando-as umas às outras, as aprisiono em poemas.São minhas as palavras, são meus os poemas!

Poemas estes, nem sei ao certo, se servirão para agradar alguém, mas que a mim, fazem um enorme bem..

Gosto das palavras. Sempre gostei das palavras. Palavras são como pedaços da gente, desvendam nosso íntimo, revelam nossos sentimentos mais profundos, e denotam nossa alegria ou tristeza. Deixam à tona nossos desafetos.

Um bom observador, saberá ao lê-las, decifrar o estado de nossa alma, juntando pedacinhos unidos em frases mesmo que esparsas, irá com elas formar orações e lá estará à sua frente o verbo que nos habita, a nos revelar inteiramente. Minha fragilidade sempre esteve em minhas palavras. Falo sempre do que em mim faz morada. Como diz o livro dos livros, a boca fala do que o coração está cheio.

Desde menina já era assim decifrada pelas palavras que dizia, ou, até pelas que deixava de dizer. E minha mãe sabiamente a me repetir:- “Minha filha, as palavras são sua alma, sua palma”.

Engraçado como pessoas que me conhecem de perto, ao trocarem comigo apenas duas ou três palavras pelo telefone, sabem de antemão dizer se estou alegre, triste, feliz, preocupada, ou, seja que sentimento for, que eu, tolamente, pense estar guardando só pra mim.

Assim fazem as palavras conosco; ora doces, ora amargas, ora nos agridem, ora nos amaciam, alegram nossa alma e fazem nos bater forte o coração. Longas demais, algumas vezes, não conseguem nos dizer nada. Não nos atingem!

Curtas em outras, conseguem nos cortar a alma em pedacinhos. Palavras são palavras, sejam duras, macias, secas, suaves... Pouco importa.

Serão sempre palavras e depois de ditas, não as conseguimos recolher jamais. Por isso toda palavra é bendita, pois até as malditas, algumas vezes, necessitamos dizê-las ou ouvi-las para acordar, deixando pra lá as coisas que pra trás ficam. Assim, saindo de nós mesmos, começarmos ir à cata de palavras novas, esquecidamente guardadas, ou, quem sabe ainda sem chances ou ousadia de usá-las em nosso dia a dia.

E, desta forma, sem que nos apercebamos, sem expectativa alguma, vamos nos acostumando a elas, e as enfeixando em sutis sonoridades diferentes, e, de repente, quando menos esperamos, lá está o recomeço de um novo poema com uma musicalidade até então por nós desconhecida. Pegamos nova fita a enlaçar um novo feixe.

Sentimo-nos em ocasiões como essa, uma Penépole pós-moderna, tecendo um bordado de novas e sutis teias. Teias de palavras, riscando o papel qual esmeril riscando dissabores, derrubando a duração inútil dos rancores e o estéril arrependimento. Palavras novas, loucas ou não, trazem eternas possibilidades.

Um brinde ao que está sempre em nossas mãos:

- A vida inédita pela frente, e a virgindade dos dias que virão!

Apenas palavras! Nada mais que palavras! E precisa?

AFINIDADES

Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. Não importam as impossibilidades, os adiamentos, a distância, a ausência. Qualquer reencontro retoma a relação.
E num passe de mágica o diálogo, a conversa, e o afeto, retomam tudo no exato ponto em que foi interrompido. Sinto como se a afinidade fosse a vitória do subjetivo sobre o objetivo, das coisas permanentes sobre as passageiras, do essencial sobre o superficial.

Afinidade não acontece a toda hora. É coisa rara, mas quando acontece, não necessita de códigos verbais para se fazer presente. É como se ela já existisse antes e se apresentasse durante, e permanecesse depois, mesmo que as pessoas deixem de estar juntas. Coisas que você jamais revelaria a um não afim, você facilmente desnuda diante de alguém por quem sente grande afinidade.

Afinidade é chorar pelas mesmas coisas, sentir com, emocionar-se com, impressionar-se com os mesmos acontecimentos, mesmo que de longe. Ela independe do amor, pois quanta gente ama e sente contra a pessoa amada, outros sentem para a pessoa amada, se anulam.

Ter afinidade com alguém é sentir com chegar junto; nem antes nem depois. Ali taco a taco.
Quando você sente com alguém, você o aceita sem recriminar, avalia sem se contaminar. Aceita para poder questionar, e não questiona por não aceitar.

Ter afinidade é compreender sem precisar falar, é sentir o suspiro de saudade num simples olhar,
é saber com exatidão a dimensão de cada gesto e de cada palavra, mesmo qua as palavras por si só digam pouco.

A afinidade pode ser detectada em simples palavras, num jeito de ser, numa resposta, num sorriso que se torna cúmplice, a km de distância.

Afinidade não se mede pelo tempo nem pela distância. Afinidade se mede pelo bem estar, pelo sentimento bom que nos ocupa o coração quando nos relacionamos com nossos afins. Na maneira de ser, de falar, de sorrir, de escrever. É um verdadeiro mistério da alma. Não se explica, não tem regras. Apenas acontece. E... quando acontece, coisa boa!

Afinidade é adivinhação de essências desconhecidas até pelas pessoas que as tem. É uma sensação que veio de nossos ancestrais através do inconsciente coletivo e passaremos aos nossos descendentes pelos nossos gens.

A verdadeira afinidade nos traz o amigo ausente para perto de nós, mesmo que ele tenha se mantido ausente por longa data. Daí nos percebemos a conversar no silêncio tanto das possibilidades como das impossibilidades vividas.

A vida pode ter transformado a pessoa, depois de chuvas, vendavais, mansas marés .
A semeadura pode ter sido difícil, mas a colheita continua farta, e ele nos delicia como se nada tivesse acontecido e o tempo nem tivesse passado retomamos a relação no ponto interrompido e tempo para nós nunca existiu.

Quem nos dera poder conviver somente com nossos afins. Independente do conhecer, em texto lido,
algumas palavras trocadas pela net num "chat, sentimos as mesmas sensações. É gostoso saber que ela perdurará por sintonias futuras, sempre com a sensação de quem a sente, de que encontrou alguém que teve perdas semelhantes e iguais esperanças. E especial porque é eterna! É singular porque tem razões que foge à razão. Não tem explicação porque é chão que só se pisa com o coração. Afinidade é o mais brilhante dos sentimentos porque transcende o tempo e a razão.

Ercília Ferraz de Arruda Pollice
(Escritora infantil, poeta, artista plástica, assessora de arte de "Ju Machado Escritório de Arte)

Este poema ficou amplamente conhecido na Internet como sendo de Cecilia Meireles. Nossa colaboradora, Monica, foi informada do engano, mas disse que poderíamos usar sua interpretação para demonstrar quão complicado é confiar nos meios eletrônicos de que dispomos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Søren Aabye Kierkegaard - Diário de um Sedutor

Nasceu em Copenhague, 5mai1813 — 11nov1855, filósofo e teólogo dinamarquês. Kierkegaard criticava fortemente quer o hegelianismo do seu tempo quer o que ele via como as formalidades vazias da Igreja da Dinamarca. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de que como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstrato, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal.

A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita sob vários pseudônimos que apresentam cada um deles os seus pontos de vista distintivos e que interagem uns com os outros em complexos diálogos. Ele atribui pseudônimos para explorar pontos de vista particulares em profundidade, que em alguns casos chegam a ocupar vários livros, e Kierkegaard, ou outro pseudônimo, critica essas posições. A tarefa da descoberta do significado das suas obras é pois deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobre de espírito". Subsequentemente, os acadêmicos têm interpretado Kierkegaard de maneiras variadas, entre outras como existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Charles Gounod

Nasceu em Paris, 17jun1818 – Saint-Cloud, 18out1893, foi um compositor francês famoso sobretudo por suas óperas e música religiosa.

Gounod era filho de um pintor e uma pianista. Muito jovem, entrou para o Conservatório de Paris, onde foi aluno de Jacques Fromental Halévy e Lesueur. Em 1839, compôs uma cantata (Ferdinand) e ganhou o Prix de Rome, um prêmio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Naquele país, ele entrou em contato com a música polifônica do século XVI, que o fascinou. Tomado por idéias místicas (que nunca o abandonaram completamente), ele pensou em entrar para o sacerdócio, e começou a compor música religiosa. Terminados seus estudos na Itália, ele regressou à França, mas não sem antes passar por Viena, e assumiu o cargo de organista na Igreja das Missões Estrangeiras em Paris, que ocupou por três anos. Por volta dessa época, ficou conhecendo duas mulheres, que tiveram grande influência na sua vida: uma foi a cantora Pauline Viardot, que o introduziu ao mundo da ópera, e a outra foi Fanny Hensel, que apresentou a Gounod seu irmão, o célebre compositor Felix Mendelssohn. Através de Mendelssohn, Gounod entrou em contato com a música de Bach, então pouco conhecida.

A primeira ópera de Gounod, Sapho, estreou em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) - todas as três estão entre as mais populares do repertório operístico francês. Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod se refugiou na Inglaterra, onde permaneceu até 1875. Lá, ele adquiriu uma amante inglesa, Georgina Weldon, e sua música fez grande sucesso na Inglaterra vitoriana. Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.







Leonardo (Genézio Darci) Boff

Nasceu em Concórdia, 14dez1938, é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. É respeitado pela sua história de defesa pelas causas sociais e atualmente debate também questões ambientais.

Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984). Seus questionamentos a respeito da hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então sob a direção de Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso", perdendo sua cátedra e suas funções editoriais no interior da Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob severa vigilância. Em 1992, ante nova ameaça de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio. Sem que esta dispensa lhe fosse concedida, uniu-se, então, à educadora popular e militante dos direitos humanos Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos. Boff afirma que nunca deixou a Igreja: "Continuei e continuo dentro da Igreja e fazendo teologia como antes", mas deixou de exercer a função de padre dentro da Igreja. Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.

Em 1993 foi aprovado em concurso público como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é atualmente professor emérito.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: de Universidade de Lisboa (Portugal), Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (EUA), Universidade de Basel (Suíça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim, na Itália, em Teologia pela universidade de Lund na Suécia e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul). Boff fala fluentemente alemão.

Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foram publicadas no exterior.
Atualmente, viaja pelo Brasil dando palestras sobre os temas abordados em seus livros e tambem em encontros da Agenda 21. Vive em Petrópolis (RJ) com a educadora popular Márcia Miranda.

Prêmio conferido a Jésus Christ Libérateur. Paris, Du Cerf, como livro religioso do ano na França (1974)
Prêmio conferido a The Lord's Prayer. Quezon City, como livro religioso do ano nas Filipinas (1984)
Herbert Haag Preis Freiheit in der Kirche, prêmio pela liberdade na Igreja, de Luzern, Suíça (1985)
Prêmio conferido a Passion of Christ, Passion of the World. New York, Orbis Books, como livro religioso do ano nos USA (1987)
Prêmio Internacional Alfonso Comin, concedido pela fundação Alfonso Comin e pela prefeitura de Barcelona, por seu trabalho comunitário e em prol dos direitos dos empobrecidos e marginalizados (1987)
Prêmio dos editores de livros religiosos em idioma alemão pelo conjunto de sua obra traduzida para o alemão em Frankfurt (1988)
Prêmio Thomas Morus Medaille der Thomas Morus Gesellschaft pela firmeza da consciência (Standfestigkeit des Gewissens) (1992)
Prêmio Nacional de Direitos Humanos (1992)
Prêmio Sergio Buarque de Holanda (Biblioteca Nacional - Ministério da Cultura), para a obra Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. S.Paulo, Ed. Atica, como ensaio social do ano (1994)
Prêmio Right Livelihood (Correto Modo de Vida), conhecido como o Nobel alternativo, Estocolmo, Suécia (2001).

Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Teologia, instituição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, em pelo seu compromisso ecumênico a partir do diálogo com a teologia protestante e à reflexão entre teologia e ecologia (2008).

Obras
O evangelho do Cristo Cósmico. Petrópolis: Vozes, 1971.
A Águia e a Galinha. Petrópolis: Vozes, 2002.
O caminhar da igreja com os oprimidos - Do vale das lágrimas à terra prometida. Rio de Janeiro: Codecri, 1981.
Casamento entre o céu e a terra. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001.
Experimentar Deus. A transparência de todas as coisas, Campinas: Verus, 2002.
São José, a personificação do Pai. Campinas: Verus, 2005.
Igreja: carisma e poder. Ensaios de uma eclesiologia militante. São Paulo: Record, 2005.
Ética da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
A força da ternura. Pensamentos para um mundo iguaitário, solidário, pleno e amoroso. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
Masculino e Feminino. Experiências vividas. Rio de Janeiro: Record, 2007.
Homem: Satã ou Anjo Bom. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Ecologia, Mundialização, Espiritualidade. Rio de Janeiro: Record, 2008.
O Evangelho do Cristo cósmico. A busca da unidade do Todo na ciência e na religião. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Eclesiogênese: a reinvenção da Igreja. Rio de Janeiro: Record, 2008.

Quem leva o Mundial de futebol 2014!

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