quarta-feira, 29 de junho de 2011

Søren Aabye Kierkegaard - Diário de um Sedutor

Nasceu em Copenhague, 5mai1813 — 11nov1855, filósofo e teólogo dinamarquês. Kierkegaard criticava fortemente quer o hegelianismo do seu tempo quer o que ele via como as formalidades vazias da Igreja da Dinamarca. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de que como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstrato, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal.

A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita sob vários pseudônimos que apresentam cada um deles os seus pontos de vista distintivos e que interagem uns com os outros em complexos diálogos. Ele atribui pseudônimos para explorar pontos de vista particulares em profundidade, que em alguns casos chegam a ocupar vários livros, e Kierkegaard, ou outro pseudônimo, critica essas posições. A tarefa da descoberta do significado das suas obras é pois deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobre de espírito". Subsequentemente, os acadêmicos têm interpretado Kierkegaard de maneiras variadas, entre outras como existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Charles Gounod

Nasceu em Paris, 17jun1818 – Saint-Cloud, 18out1893, foi um compositor francês famoso sobretudo por suas óperas e música religiosa.

Gounod era filho de um pintor e uma pianista. Muito jovem, entrou para o Conservatório de Paris, onde foi aluno de Jacques Fromental Halévy e Lesueur. Em 1839, compôs uma cantata (Ferdinand) e ganhou o Prix de Rome, um prêmio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Naquele país, ele entrou em contato com a música polifônica do século XVI, que o fascinou. Tomado por idéias místicas (que nunca o abandonaram completamente), ele pensou em entrar para o sacerdócio, e começou a compor música religiosa. Terminados seus estudos na Itália, ele regressou à França, mas não sem antes passar por Viena, e assumiu o cargo de organista na Igreja das Missões Estrangeiras em Paris, que ocupou por três anos. Por volta dessa época, ficou conhecendo duas mulheres, que tiveram grande influência na sua vida: uma foi a cantora Pauline Viardot, que o introduziu ao mundo da ópera, e a outra foi Fanny Hensel, que apresentou a Gounod seu irmão, o célebre compositor Felix Mendelssohn. Através de Mendelssohn, Gounod entrou em contato com a música de Bach, então pouco conhecida.

A primeira ópera de Gounod, Sapho, estreou em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) - todas as três estão entre as mais populares do repertório operístico francês. Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod se refugiou na Inglaterra, onde permaneceu até 1875. Lá, ele adquiriu uma amante inglesa, Georgina Weldon, e sua música fez grande sucesso na Inglaterra vitoriana. Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.







Leonardo (Genézio Darci) Boff

Nasceu em Concórdia, 14dez1938, é um teólogo brasileiro, escritor e professor universitário, expoente da Teologia da Libertação no Brasil. Foi membro da Ordem dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. É respeitado pela sua história de defesa pelas causas sociais e atualmente debate também questões ambientais.

Boff ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1959 e foi ordenado sacerdote em 1964. Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984). Seus questionamentos a respeito da hierarquia da Igreja, expressos no livro Igreja, Carisma e Poder, renderam-lhe um processo junto à Congregação para a Doutrina da Fé, então sob a direção de Joseph Ratzinger, hoje Papa Bento XVI. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso", perdendo sua cátedra e suas funções editoriais no interior da Igreja Católica. Em 1986, recuperou algumas funções, mas sempre sob severa vigilância. Em 1992, ante nova ameaça de punição, desligou-se da Ordem Franciscana e pediu dispensa do sacerdócio. Sem que esta dispensa lhe fosse concedida, uniu-se, então, à educadora popular e militante dos direitos humanos Márcia Monteiro da Silva Miranda, divorciada e mãe de seis filhos. Boff afirma que nunca deixou a Igreja: "Continuei e continuo dentro da Igreja e fazendo teologia como antes", mas deixou de exercer a função de padre dentro da Igreja. Sua reflexão teológica abrange os campos da Ética, Ecologia e da Espiritualidade, além de assessorar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e movimentos sociais como o MST. Trabalha também no campo do ecumenismo.

Em 1993 foi aprovado em concurso público como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é atualmente professor emérito.
Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: de Universidade de Lisboa (Portugal), Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (EUA), Universidade de Basel (Suíça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim, na Itália, em Teologia pela universidade de Lund na Suécia e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul). Boff fala fluentemente alemão.

Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller A Águia e a Galinha. A maioria de suas obras foram publicadas no exterior.
Atualmente, viaja pelo Brasil dando palestras sobre os temas abordados em seus livros e tambem em encontros da Agenda 21. Vive em Petrópolis (RJ) com a educadora popular Márcia Miranda.

Prêmio conferido a Jésus Christ Libérateur. Paris, Du Cerf, como livro religioso do ano na França (1974)
Prêmio conferido a The Lord's Prayer. Quezon City, como livro religioso do ano nas Filipinas (1984)
Herbert Haag Preis Freiheit in der Kirche, prêmio pela liberdade na Igreja, de Luzern, Suíça (1985)
Prêmio conferido a Passion of Christ, Passion of the World. New York, Orbis Books, como livro religioso do ano nos USA (1987)
Prêmio Internacional Alfonso Comin, concedido pela fundação Alfonso Comin e pela prefeitura de Barcelona, por seu trabalho comunitário e em prol dos direitos dos empobrecidos e marginalizados (1987)
Prêmio dos editores de livros religiosos em idioma alemão pelo conjunto de sua obra traduzida para o alemão em Frankfurt (1988)
Prêmio Thomas Morus Medaille der Thomas Morus Gesellschaft pela firmeza da consciência (Standfestigkeit des Gewissens) (1992)
Prêmio Nacional de Direitos Humanos (1992)
Prêmio Sergio Buarque de Holanda (Biblioteca Nacional - Ministério da Cultura), para a obra Ecologia: grito da Terra, grito dos pobres. S.Paulo, Ed. Atica, como ensaio social do ano (1994)
Prêmio Right Livelihood (Correto Modo de Vida), conhecido como o Nobel alternativo, Estocolmo, Suécia (2001).

Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Teologia, instituição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, em pelo seu compromisso ecumênico a partir do diálogo com a teologia protestante e à reflexão entre teologia e ecologia (2008).

Obras
O evangelho do Cristo Cósmico. Petrópolis: Vozes, 1971.
A Águia e a Galinha. Petrópolis: Vozes, 2002.
O caminhar da igreja com os oprimidos - Do vale das lágrimas à terra prometida. Rio de Janeiro: Codecri, 1981.
Casamento entre o céu e a terra. Rio de Janeiro: Salamandra, 2001.
Experimentar Deus. A transparência de todas as coisas, Campinas: Verus, 2002.
São José, a personificação do Pai. Campinas: Verus, 2005.
Igreja: carisma e poder. Ensaios de uma eclesiologia militante. São Paulo: Record, 2005.
Ética da vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
A força da ternura. Pensamentos para um mundo iguaitário, solidário, pleno e amoroso. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
Masculino e Feminino. Experiências vividas. Rio de Janeiro: Record, 2007.
Homem: Satã ou Anjo Bom. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Ecologia, Mundialização, Espiritualidade. Rio de Janeiro: Record, 2008.
O Evangelho do Cristo cósmico. A busca da unidade do Todo na ciência e na religião. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Eclesiogênese: a reinvenção da Igreja. Rio de Janeiro: Record, 2008.

Richard Bach


Nasceu em Oak Park, Illinois, 23jun1936 é um escritor estadunidense. A principal ocupação de Bach foi como piloto reserva da Força Aérea e praticamente todos os seus livros envolvem o vôo de certa maneira, desde suas primeiras histórias sobre voar em aeronaves até suas últimas onde o vôo é uma complexa metáfora filosófica. Bach alcançou enorme sucesso com Fernão Capelo Gaivota, sucesso este não igualado por seus livros posteriores; entretanto, seu trabalho continua popular entre os leitores.

Bach usava a internet no princípio dos anos 90 com sua própria seção na Compuserve, de onde respondia e-mails pessoalmente, até que a enorme demanda o obrigou a largar o passatempo. Ele também mantinha um website, que, a partir de novembro de 2005, passou a apenas possuir uma ligação (em inglês) para a venda do livro "Messiah's Handbook Reminders for the Advanced Soul" (Manual do Messias - Um guia para a alma avançada).

Obras publicadas
Stranger to the Ground (Estranho à Terra) - 1963
Biplane (Biplano) - 1966
Nothing by Chance (Nada por Acaso) - 1969
Jonathan Livingston Seagull (Fernão Capelo Gaivota) - 1970
A Gift of Wings (O Dom de Voar) - 1974
There's No Such Place As Far Away ("Longe é um lugar que não existe") - 1976
Illusions ([Ilusões - as aventuras de um messias indeciso]) - 1977
The Bridge Across Forever (A Ponte para o Sempre) - 1984
One (Um) - 1988
Running from Safety (Fugindo do Ninho) - 1994
Out of My Mind (Fora de Mim - a descoberta de saunders-vixen) - 1999
The Ferret Chronicles:
Air Ferrets Aloft - 2002
Rescue Ferrets at Sea ("Resgate no Mar") - 2002
Writer Ferrets: Chasing the Muse - 2002
Rancher Ferrets on the Range - 2003
The Last War - 2003
Flying - 2003
Messiah's Handbook (Manual do Messias - Um guia para a alma avançada) - 2004



Após um ano de antecipação e planejamento, É Tempo de fazer chover! está animado para trazer-lhe Richard Bach! Em 1970, o monumental romance de Richard Bach, Fernão Capelo Gaivota hit das prateleiras. Este livro notável influenciado o meu próprio caminho pessoal de há muitos anos. Se você ainda não leu, queira comprá-lo e passá-lo junto aos seus entes queridos, quando você terminar! Jonathan Livingston Seagull tornou-se um bestseller internacional, ganhando um lugar como uma maravilha intemporal que continua a movimentar a vida das pessoas para melhor. Richard Bach escreveu muitos livros, desde então, incluindo ilusões, nada por acaso, Illusions, The Bridge Across Forever, um dom de Wings, Stranger To The Ground, que decorre de Segurança, Out of My Mind, e mais.

Richard Bach tem uma forma mágica de escrever e trazer a iluminação, os ensinamentos mais elevados e profundos insights aos seus leitores. Estamos muito satisfeitos por tê-lo conosco como ele partilha a sabedoria intemporal e experiências de sua vida como escritor best-seller.





segunda-feira, 6 de junho de 2011

Perry Rhodan - (vídeo: Mission Stardust)


Perry Rhodan é o título de uma série de livros de ficção científica do gênero space opera, publicada desde 1961 na Alemanha. Enquanto os críticos do gênero nos Estados Unidos habitualmente difamam a série, as décadas de sucesso comercial tornaram a série um fenômeno. Perry Rhodan mostra uma crítica feroz à realidade atual, fazendo-nos refletir em 1960 sobre a Guerra Fria, em 1970 sobre a New Age e em 1980 sobre o movimento pacifista nas entrelinhas da sua história. A série tem capturado os principais pensamentos da elite científica da Alemanha e influenciou de forma pungente todos os escritores de ficção científica alemães e do mundo.

Escrito por uma equipe de autores que se alternam, Perry Rhodan é um periódico semanal (novela) de tradição germânica (Heftchen), um tipo de livro de bolso pulp. A série foi criada em 1961 por K. H. Scheer e Clark Darlton. Inicialmente concebida para ser uma trilogia, ela se tornou um sucesso duradouro ultrapassando o número de 2.320 histórias em 2006. Houve diversas reedições, incluindo edições totalmente revisadas em formato de capa dura. Significativamente relacionadas a ela estão a série Atlan e Romances Planetários ("novelas planetárias"), nos quais os temas da série têm um desenvolvimento mais pormemorizado. Nas décadas que se seguiram ao seu lançamento, surgiram histórias em quadrinhos, numerosos itens de colecionador, várias enciclopédias, áudios, canções etc. A série foi parcialmente traduzida para diversos idiomas. Ela também foi passada para o cinema com o filme Mission Stardust (1967), muito criticado pelos fãs.

A história começa em 1971 com o primeiro vôo tripulado à Lua por membros da Força Aérea dos E.U.A. (U.S. Air Force). O Major Perry Rhodan e sua tripulação descobrem em nosso satélite uma espaçonave extraterrestre acidentada. Apropriando-se da tecnologia extra-terrestre, eles conseguem a unificação da humanidade e iniciam a conquista da Galáxia e do cosmos pela humanidade. Enquanto a série prossegue, algumas personagens adquirem a imortalidade virtual, fazendo a história cruzar os milênios, incluindo flashbacks, viagens no tempo, universos paralelos etc. A série usa uma estrutura de narrativa em "ciclos", similares aos usados em Homem da Máfia (Wiseguy), Chumbo grosso, e Babylon 5. Um ciclo pode se estender de 25 a 100 números devotados a explicar uma era. Alguns são agrupados em ciclos subseqüentes, criando-se um grande ciclo.

Grande ciclo Via Láctea
1 - A Terceira Potência 1 a 49
2 - Atlan e Árcon 50 a 99
3 - Os Posbis 100 a 149
4 - O Segundo Império 150 a 199

Grande ciclo Galáxias Alienígenas
5 - Os Senhores da Galáxia 200 a 299
6 - M-87 300 a 399

Grande ciclo Desintegração do Império
7 - Os Cappins 400 a 499
8 - O Enxame 500 a 569
9 - Os Velhos Mutantes 570 a 599
10 - O Xadrez Cósmico 600 a 649
11 - O Concílio (dos Sete) 650 a 699
Grande ciclo Superinteligências
12 - Afilia 700 a 799
13 - Bardioc 800 a 867
14 - Pan-Thau-Ra 868 a 899
15 - Os Castelos Cósmicos 900 a 999
Grande ciclo Código Moral
16 - A Liga Hanseática Cósmica 1000 a 1099
17 - A Armada Infinita 1100 a 1199
18 - Cronofósseis e Vironautas 1200 a 1299
19 - Os Viajantes da Rede 1300 a 1349
20 - Tarkan 1350 a 1399

Grande ciclo Ativadores Celulares
21 - Os Cantaros 1400 a 1499
22 - Os Linguides 1500 a 1599

Grande ciclo O Grande Enigma Cósmico
23 - Os Ennox 1600 a 1649
24 - O Grande Vazio 1650 a 1699
25 - Os Ayindis 1700 a 1749
26 - Os Hamamesch 1750 a 1799

Grande ciclo Thoregon
27 - Os Tolkanders 1800 a 1875
28 - Os Baluartes Heliotianos 1876 a 1899
29 - O Sexto Enviado 1900 a 1949
30 - Matéria 1950 a 1999
31 - A Residência Solar 2000 a 2099
32 - O Reino Tradom 2100 a 2199
33 - O Oceano Estelar 2200 a 2299
34 - Terranova 2300 a 2399
35 - Negasfera 2400 a 2499
36 - Stardust 2500 a 2599

O holandês André Kuipers inspirou-se nela e tornou-se astronauta depois de ler a série. Quando finalmente lançou-se no espaço, em 18abr2004, levou com ele o primeiro livro que leu, o número 10 ("Batalha no setor Vega").

Christopher Franke, membro do grupo germânico de música eletrônica, Tangerine Dream e compositor da trilha sonora da série de televisão Babylon 5, lançou Perry Rhodan Pax Terra em 1996, a música inspirada no épico de Perry Rhodan.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Humberto Eco - O nome da Rosa

Umberto Eco - Alexandria, 5jan1932 é um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. É titular da cadeira de Semiótica (aposentado) e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha. Ensinou temporariamente em Yale, na Universidade Columbia, em Harvard e no Collège de France. Colaborador em diversos periódicos acadêmicos, dentre eles colunista da revista semanal italiana L'Espresso, na qual escreve, entre uma infinidade de temas, sobre Berlusconi e Wikipédia. Eco é, ainda, notório escritor de romances, entre os quais O nome da rosa e O pêndulo de Foucault. Junto com o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, lançou no ano passado N’Espérez pas vous Débarrasser des Livres (“Não Espere se Livrar dos Livros”, publicado em Portugal com o título A Obsessão do Fogo e ainda inédito no Brasil).

O enredo de O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano William de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas,obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risona criada por Eco e atribuída romantescamente à Aristóteles. A aventura de William de Baskerville é desta forma uma aventura quase quixotesca.

No romance, Umberto Eco relembra a problemática suscitada pelo nominalismo entre o que é essencial, que parece ser o nome da rosa como nome, em si um conceito, portanto um universal, dessa forma, eterno, imutável, imortal e de sua contraposição a rosa particular, individual no mundo, flor de existência única na realidade, que por acontecer, também é passageira, mortal e transitória.

O próprio nome do livro suscita uma questão que relembra a questão dos universais e dos particulares, que se refere a saber se o nome da rosa é universal ou particular. O quadro da questão pode ser representado de forma tradicional pelo quadrilátero de proposições lógicas. A questão se refere ao juízo que fazemos do nome da rosa: se ele é universal, por exemplo: O nome da rosa é imortal; particular: O nome da rosa é passageiro (mortal) e ainda: Nenhum nome da rosa é imortal ou: Algum nome de rosa é passageiro. Os vértices do quadrilátero seriam formados por esses quatro juízos. Seria algum desses juízos verdadeiro ou falso? Se sim ou não, nisso há alguma contradição? Haveria outras possibilidades, outras incertezas?


Eco sugere no O Nome da Rosa, um ambiente no qual as contradições, oposições, querelas e inquisições, no início do século XIV, justificam ações humanas, as virtudes e os crimes dos personagens, monges copistas de uma abadia cuja maior riqueza é o conhecimento de sua biblioteca. Para os personagens, a discussão do essencial e do particular, do espiritual e da realidade material, do poder secular e da insurreição, dos conceitos e das palavras entranham pelo mundo uma teia de inter-relações das mais conflituosas. A representação, a palavra e o texto escrito passam a ter uma importância vital na organização da abadia beneditina, gestando o microcosmo do narrador.

No O Nome da Rosa, conhecido e desconhecido tecem caminhos secretos pela abadia de pedra e representações, definindo uma história de investigação onde as deduções lógico-gramaticais, são nas mãos do autor similares àquelas dos romances policiais modernos. Por outro lado, a narrativa se afasta do simples romance policial não somente pelo fato de ser escrito ao final do século XX, mas porque expõe e aproxima-se de um mundo de incertezas. A arquitetura da abadia faz lembrar os (des)caminhos do labirinto da internet e a difícil situação de decidir politicamente em uma Itália dividida entre o norte rico e articulado e o sul pobre e violento. Esse Sul (Africae), mais representado que real, dito virtual em sua realidade, é no espaço socioeconômico do final do século XX mais que um elemento isolado.

Além disso, "O Nome da Rosa" é uma viagem imaginária à Idade Média europeia. A oportunidade de reflexão aberta das questões filosóficas, dos conceitos de certo e errado, de bem e mal, da moral cristã, do que está por trás dos conceitos e crenças atuais, mesmo que por contraste com o conjunto de questionamentos que ecoam dos séculos atrás, é uma herança a ser compartilhadas pelos leitores dessa obra aberta.

Ainda é importante mencionar que a biblioteca que serve como plano de fundo e personagem principal ao mesmo tempo é inspirada no conto A Biblioteca de Babel do argentino Jorge Luis Borges onde é apresentada uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo. Para homenagear o escritor há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges foi ficando ao longo da vida. Outra homenagem presente no nome é William de Baskerville que seria como um Sherlock Holmes na história, este tem como uma das suas principais aventuras O Cão dos Baskervilles

Adso de Melk é um dos personagens principais do romance de Umberto Eco intitulado "O Nome da Rosa". Filho do Barão de Melk, o jovem, juntamente com o seu tutor e mestre, Guilherme de Baskerville, tenta desvendar crimes cometidos em um monastério em algum lugar dos alpes italianos durante a Idade Média. Há semelhança entre o seu nome e o de "Watson", fiel escudeiro de Sherlock Holmes.

Umberto Eco, na introdução da obra, diz que Adso é o responsável pela edição dos textos dando conta dos acontecimentos no monastério: No dia 16ago1968 foi-me parar às mãos um livro que se deve à pena de um certo abade de Vallet, Le Manuscript de Dom Adson de Melk, traduzido em francês segundo a edição de Dom J. Mabillo (Aux Presses de l'Abbaye de la Source, Paris, 1984)






O Nome da Rosa (Der Name der Rose, 1986) Com: Christian Slater, Valentina Vargas e Sean Connery
Sean Connery - William de Baskerville
Christian Slater - Adso de Melk
Valentina Vargas - The Girl

Francês: Le Nom de la rose
Alemão: Der Name Der Rose
Italiano: Il Nome della Rosa
Espanhol: El nombre de la Rosa

Pêndulo de Foucault - Humberto Eco

O enredo do Pêndulo de Foucault envolve três amigos, Belbo, Diotallevi e Casaubon que trabalham para uma pequena editora. Tendo lido por demais manuscritos ocultistas de teorias da conspiração, eles decidem inventar sua própria teoria por diversão. Eles chamam este jogo de sátira intelectual de O Plano.

Belbo, Diotallevi e Casaubon tornam-se cada vez mais obcecados com O Plano, às vezes chegando a se esquecer que trata-se somente de um jogo. Pior ainda, quando os partidários de outras teorias da conspiração ficam sabendo sobre O Plano, eles o levam a sério. Belbo torna-se o alvo de uma sociedade secreta que acredita que ele possui a chave para tesouro perdido dos Cavaleiros Templários.
O livro abre com o narrador, Casaubon (o nome refere-se ao erudito clássico Isaac Casaubon, e também evoca um estudante personagem de Middlemarch, de George Eliot) se escondendo no museu técnico parisiense Musée des Artes et Métiers. Ele acredita que os membros de uma sociedade secreta seqüestraram o seu amigo Jacopo Belbo e agora estão atrás dele.
A partir de então, o romance é contado em retrospectiva enquanto Causabon espera no museu.
Casaubon era um estudante em 1970 em Milão, durante as atividades revolucionárias e contra-revolucionárias, tendo feito uma tese na história dos Cavaleiros Templários. Durante este período ele conhece Belbo, que trabalha em uma editora. Belbo convida Casaubon a revisar o manuscrito de um livro supostamente não-fictício sobre o Templários. Casaubon também conhece o colega de Belbo, Diotallevi, um cabalista.
O livro, escrito por um Coronel Ardenti, diz que um manuscrito codificado revelou um plano secreto dos Templários para dominar o mundo. Essa suposta conspiração seria uma vingança pelas mortes dos líderes de Templários quando a ordem deles foi dissolvida pelo Rei de França. Ardenti postula que os Templários sejam os guardiães de um tesouro secreto, talvez o Santo Graal.
De acordo com a teoria de Ardenti, depois que a monarquia francesa e a Igreja católica condenaram os Templários de heresia, alguns cavaleiros escaparam e estabeleceram grupos ao longo do mundo. Estes grupos têm se encontrado a intervalos regulares em lugares distintos para passar pra frente as informação sobre o Graal. No final das contas, estes grupos reunirão-se novamente para redescobrir o local do Graal e alcançar dominação mundial. De acordo com os cálculos de Ardenti, o Templários deveriam ter assumido o mundo em 1944; evidentemente o plano esteve suspenso, provavelmente devido à eclosão da Segunda Grande Guerra.
Ardenti desaparece misteriosamente depois de se encontrar com Belbo e Casaubon para discutir o livro. O Inspetor de polícia, De Angelis, entrevista ambos. Ele indica que o trabalho dele como um investigador de departamento político o leva a não só investigar os revolucionários, mas também as pessoas que parecem ser unidas ao oculto.
Casaubon deixa a Itália e passa dois anos no Brasil. Enquanto vive lá aprende sobre o espiritualismo sul-americano e caribenho. Ele passa a ter um romance com uma mulher brasileira chamada Amparo e conhece também Agliè, um homem que insinua que ele é o místico Comte de Saint-Germain. Agliè tem um conhecimento aparentemente infinito sobre coisas relativas ao oculto. Enquanto no Brasil, Casaubon recebe uma carta de Belbo sobre comparecer a uma reunião de ocultistas. Na reunião Belbo foi feito lembrar da teoria de conspiração do Coronel pelas palavras de uma mulher jovem que estava aparentemente em um transe. Casaubon e Amparo também assistem a um evento oculto em Brasil, um rito de Umbanda. Durante um ritual, Amparo cai em um profundo transe e ao retornar a consciência encontra-se totalmente confusa e embaraçada. A relação dela com Casaubon se quebra, e ele volta à Itália.
No retorno para Milão, Casaubon completa a sua tese. Ele começa a trabalhar como um investigador independente. Na biblioteca conhece uma mulher chamada Lia; os dois se apaixonam e eventualmente têm uma criança junto. Enquanto isso, Casaubon é contratado pelo chefe de Belbo, Sr. Garamond (o nome recorre a publicador francês Claude Garamond), para pesquisar ilustrações para uma história de metais que a companhia está trabalhando. Casaubon aprende que assim como a respeitável editora Garamond, Sr. Garamond também possui Manuzio, uma editora que encarrega aos autores incompetentes grandes somas de dinheiro para imprimir o trabalho deles ("Manutius" na tradução inglesa, uma referência para a 15ª impressora de século Aldus Manutius).
Sr. Garamond logo tem a idéia para começar duas linhas de livros ocultos: uma publicação séria pela Garamond; e a outra, Ísis Revelada (uma referência para o texto teosófico de Blavatsky), a ser publicada pela Manuzio para atrair os autores mais de vaidade.
Belbo, Diotallevi e Casaubon são rapidamente submergidos em manuscritos ocultos que puxam todos os tipos de conexões ridículas entre eventos históricos. Eles apelidam os autores de "Diabólicos", e convidaram Agliè à ajudar o projeto como um leitor especialista. Os três editores começam a desenvolver a própria teoria de conspiração, "O Plano", como sátira de parte de um jogo intelectual. A partir do "manuscrito de segredo" de Ardenti, eles desenvolvem uma teia complicada de conexões místicas. Eles também fazem uso do pequeno computador pessoal de Belbo que ele apelidou Abulafia. Belbo usa Abulafia principalmente para os relatos e textos pessoais (o romance contém muitos excertos destes, descobertos por Casaubon), mas veio equipado com um programa pequeno que pode rearranjar texto em acaso. Eles usam este programa para criar as "conexões" que inspiram O Plano deles. Eles entram em palavras fortuitamente selecionadas dos manuscritos do Diabólicos e usam Abulafia para criar o novo texto.

O Plano evolui lentamente, com muitos de seus detalhes mudando como os progressos de história, mas a versão final envolve os Cavaleiros Templários descobrindo fluxos de energia secretos nomeados “Correntes Telúricas” durante as Cruzadas. As “Correntes Telúricas” afetam o movimento geofísico de tectônica de placas. O veio de mãe das corrente é chamado umbilicus mundi denominado, ou "umbigo do mundo". Colocando uma válvula especial no umbilicus mundi, eles poderão controlar as correntes, perturbar e interferir em qualquer lugar com vida na Terra, com possibilidades vastas de chantagear com nações inteiras. Porém, eles não podem utilizar as correntes devido à tecnologia insuficiente. A descoberta fora escondida com os Cavaleiros Templários e também foram a causa da sua própria destruição. Como na teoria original de Ardenti, cada grupo que se espalhou pelo mundo após a destruição da Ordem é parte do "Plano" dos Templários. Eles devem se encontrar periodicamente em locais diferentes para compartilhar seções do Plano. Então eles reunirão, redescobrirão o local do umbigo, e finalmente explorarão as Correntes Telúricas e assumirão o mundo. Os instrumentos cruciais para achar o local são um mapa especial e o Pêndulo de Foucault. Porém, a adoção do calendário gregoriano rompe o tempo e os grupos perdem de vista um ao outro, enquanto criando várias sociedades secretas que procuram um ao outro e os pedaços perdidos do Plano ao longo da história. Enquanto o Plano for tolice total, os editores crescentemente são envolvidos no jogo deles. Eles começam a pensar que realmente poderia haver uma conspiração secreta. Porém, quando a namorada de Casaubon pede para ver o manuscrito codificado, ela propõe uma interpretação mundana. Ela sugere que o documento seja simplesmente uma lista de entrega, e encoraja que Casaubon abandone o jogo e que o mesmo parece estar tendo um efeito negativo sobre ele. Quando Diotallevi é diagnosticado com câncer, ele atribui isto ao Plano. Ele sente que a doença é um castigo divino por se envolver em mistérios que ele deveria ter deixado de lado. Belbo se afasta para evitar problemas em sua vida pessoal.
Os três tinham enviado para Agliè a cronologia de sociedades secretas no Plano, fingindo que isto não era o próprio trabalho deles, mas de um manuscrito que eles tinham sido apresentados. A lista deles também inclui organizações históricas como os Templários, Rosacrucianos, Palacianos e Sinarquistas, mas eles inventam uma sociedade secreta fictícia chamada de Tres (Templi Resurgentes Equites Synarchici, latim para os Cavaleiros de Sinarquia do Renascimento Templar). O Tres é introduzido para enganar Agliè. Ao ler a lista, ele reivindica ter ouvido falar do Tres antes. Isto é possível, como a palavra foi mencionada primeiro a Casaubon pelo policial De Angelis. De Angelis tinha perguntado para Casaubon se ele alguma vez ouviu falar do Tres.
Belbo vai reservadamente para Agliè e descreve O Plano a ele como sendo o resultado de uma pesquisa séria. Ele também reivindica estar em posse de um mapa secreto dos Templários. Agliè fica frustrado com a recusa de Belbo ao seu pedido de deixar ver o (não existente) mapa. Ele molda Belbo como um suspeito terrorista para o forçar a vir para Paris. Agliè se lançou como a cabeça de uma fraternidade espiritual secreta que inclui Sr. Garamond e muitos dos autores Diabólicos. Casaubon recebe uma chamada pedindo ajuda e ele tenta obter ajuda de De Angelis, mas a fraternidade o chantageou. Casaubon decide seguir Belbo para Paris. Ele decide que Agliè e os sócios dele pretendem se encontrar no museu onde fica o Pêndulo de Foucault, como tinha dito Belbo que o mapa dos Templários teve que ser usado junto com o pêndulo. Casaubon esconde-se no museu onde ele estava quando do início do livro. À hora designada, um grupo de pessoas reune-se ao redor do pêndulo para um ritual enigmático. Casaubon vê várias pessoas uma das quais diz ser o real Comte de Saint-Germain. Belbo é chamado para ser interrogado então.
O grupo de Agliè é, ou se iludiu a ser, a sociedade de Tres no Plano. Bravos porque Belbo sabe mais sobre o Plano que eles, eles tentam força-lo a revelar os segredos que ele sabe. Recusando os satisfazer ou revelar que o Plano era uma mistura absurda, Belbo é pendurado em um arame conectado ao Pêndulo de Foucault.
Casaubon foge do museu pelos esgotos de Paris. Está obscuro por este ponto o quão seguro o narrador Casaubon foi, e até que ponto ele teria inventado as teorias de conspiração. O livro termina com Casaubon que medita nos eventos narrados no livro, aparentemente resignado para o (possivelmente delusional) idéia que o Tres o capturará logo.

Em O Pêndulo de Foucault, Umberto Eco faz um jogo de palavras com o nome do filósofo francês Michel Foucault. Este último, em seu livro intitulado As Palavras e as Coisas, trata do surgimento do homem, enquanto sujeito histórico, desenvolvendo uma arqueologia do saber. No livro de Eco, ao relacionar o mundo da magia com a ciência, o protagonista descobre, quando a esposa lhe diz estar grávida, que todos os símbolos e números sagrados, toda a magia e toda a ciência possuem um parâmetro comum: o homem. Aqui o Pêndulo de Foulcault, e a ciência desenvolvida pelos templários e outros iniciados, encontra-se com a tese de M. Foucault.

O Pêndulo de Foucault e O Código Da Vinci, Diz Umberto Eco:
Eu inventei Dan Brown. Ele é um dos personagens grotescos do meu romance que levam a sério um monte de material estúpido sobre ocultismo. O Pêndulo de Foucault projeto brinca com teorias conspiratórias e teve início com uma pesquisa entre 1.500 livros de ocultismo reunidos por seu autor. Ele [Dan Brown] usou grande parte do material.”Em 'O Pêndulo de Foucault', eu havia inserido um bom número de ingredientes esotéricos, que podem ser encontrados no Código Da Vinci. Os meus personagens, ao elaborarem os seus projetos, levam em conta a importância do Graal, por exemplo. Eu quis fazer uma representação grotesca daquilo que eu via em volta de mim, de uma tendência da qual eu previa o crescimento. Era fácil fazer uma profecia como esta. Ao pesquisar para escrever 'O Pêndulo de Foucault', eu esvaziei todas as livrarias que já se especializavam nessa "gororoba cultural". Dan Brown copia livros que podiam ser encontrados trinta anos atrás nos sebos da Rue de la Huchette, em Paris. O sucesso pode ser explicado pelo fato de que os autores desses best-sellers levam tudo isso a sério, e ainda pelo fato de que as pessoas são sedentas por mistérios. Em 'O Pêndulo de Foucault', eu cito a frase de G. K. Chesterton:
"Quando os homens não acreditam mais em Deus, isso não se deve ao fato de eles não acreditarem em mais nada, e sim ao fato de eles acreditarem em tudo".

La primera demostración tuvo lugar en 1851, el péndulo se fijó al techo del Panteón de París, debido a su gran altura, que permite colocar un péndulo de grandes dimensiones y observar mejor el fenómeno. La originalidad de este experimento consiste en la demostración de que la rotación de la Tierra se realiza localmente, en el interior de un recinto cerrado. Igualmente, este experimento permite determinar la latitud del lugar sin ninguna observación astronómica.

El péndulo instalado en el Panteón en 1851 medía 67 metros y llevaba una masa de 28 kg. Una vez lanzado, el péndulo oscilaba durante 6 horas. El periodo (ida y vuelta) era de 16,5 segundos; el péndulo se desviaba 11° por hora. Desde 1995 este péndulo está de nuevo en el Panteón.

Un péndulo de Foucault situado en el ecuador no rota. Un péndulo situado en uno de los polos rota una vez al día. Un péndulo situado en cualquier otro punto de la Tierra rota con una velocidad proporcional al seno de su latitud; de modo que si se sitúa a 45° rota una vez cada 1,4 días y a 30° cada 2 días.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Projeto Manhattan

Formalmente Distrito de Engenharia de Manhattan, foi um esforço durante a Segunda Guerra Mundial para desenvolver as primeiras armas nucleares pelos Estados Unidos da América com o apoio do Reino Unido e do Canadá. O projeto foi dirigido pelo General Leslie R. Groves e a sua pesquisa foi dirigida pelo fisico estadounidense judeu J. Robert Oppenheimer, após ter ficado claro que uma arma de fissão nuclear era possível e que a Alemanha Nazista estava também a investigar tais armas para si.

Embora tenha envolvido pesquisa e produção em treze locais diferentes, o Projecto Manhattan foi largamente desenvolvido em três cidades científicas secretas que foram estabelecidas por poder de domínio eminente: Hanford, em Washington, Los Alamos, no Novo México e Oak Ridge, no Tennessee. A algumas famílias em Tennessee foram dados avisos de duas semanas para evacuarem as quintas e terras que possuíam há gerações. O laboratório de Los Alamos foi construído em terrenos que eram da Escola Rancho de Los Alamos, um colégio interno privado para rapazes. O sítio de Hanford, que cresceu para quase 2600 km², incorporava terras de algumas quintas e de duas pequenas aldeias, Hanford e White Bluff. O projeto trabalhava na concepção, produção e detonação de três bombas nucleares em 1945.

A primeira em 16 de Julho: "Trinity", a primeira bomba nuclear do mundo, perto de Alamogordo, Novo México.
A segunda, a arma "Little Boy" ("Pequeno Rapaz"), que detonou em 6 de Agosto sobre a cidade de Hiroshima, Japão.
A terceira, a arma "Fat Man" ("Homem Gordo"), que detonou a 9 de Agosto sobre a cidade de Nagasaki, Japão.

Os três principais sítios existem hoje como o Sítio Hanford, Laboratório Nacional Los Alamos e Laboratório Nacional Oak Ridge. Em 1945, o projeto empregava cerca de 130.000 pessoas e o seu pico de custo perfazia um total de cerca de US$ 2 bilhões ($21 bilhões em 1996). Os bombardeamentos atômicos de Hiroshima e Nagasaki mataram centenas de milhares de pessoas imediatamente, e muitos mais após alguns anos.


No verão de 1942, Leslie Groves era deputado do chefe de construção para o Corpo de Engenheiros do Exército e tinha supervisionado a construção do Pentágono, o maior edifício de escritórios do mundo. Almejando um comando além-mar, Groves opôs objeções quando Somervell o incumbiu de liderar o projeto de armamento. As suas objeções foram rejeitadas e Groves demitiu-se da responsabilidade de liderar um projeto que julgava ter poucas hipóteses de sucesso.

A primeira coisa que Groves fez foi rebatizar o projeto como O Distrito Manhattan (The Manhattan District). O nome evoluiu do costume do Corpo de Engenharia de renomear os distritos com o nome da cidade principal (o quartel-general de Marshall na cidade de Nova Iorque). Ao mesmo tempo, Groves era promovido a Brigadeiro General, o que lhe conferiu a graduação julgada necessária para lidar com os cientistas veteranos do projeto. Cerca de uma semana após a sua nomeação, Groves tinha resolvido os problemas mais urgentes do Projeto Manhattan. A sua maneira de ser rigorosa e eficaz tornar-se-ia em breve familiar para os cientistas atômicos.

O primeiro grande obstáculo científico ao projeto foi resolvido em 21dez1942, sob as bancadas de Stagg Field na Universidade de Chicago. Imediatamente, uma equipa liderada por Enrico Fermi iniciou a primeira reação nuclear em cadeia auto-sustentada. Uma chamada telefônica encriptada de Compton, dizendo "O navegador italiano (referindo-se a Fermi) aterrou no novo mundo", para Conant em Washington, DC, trouxe a notícia de que a experiência tinha sido um sucesso.

As 8:15 da manhã de 6 de agosto de 1945, quando os moradores de Hiroshima estavam começando o dia, um avião americano B-29, chamado Enola Gay, soltou uma bomba atômica chamada "Little Boy", com 12,500 toneladas de TNT, que detonou 580 metros acima do Hospital Shima próximo ao centro da cidade. Como resultado do ataque, calor e incêndios, a cidade de Hiroshima foi destruída e 90 mil pessoas morreram naquele dia. Três dias após destruir Hiroshima, outro avião B-29 atacou a cidade de Nagasaki com a terceira arma atômica mundial. O ataque resultou em mortes imediatas de 40 mil pessoas. Até o final de 1945, 145 mil pessoas tinham morrido em Hiroshima e 75 mil em Nagasaki. Mais dezenas de milhares de pessoas sofreram ferimentos sérios. Mortes entre os sobreviventes continuaram nos próximos anos devido aos efeitos da radiação que também causou o nascimento de bebês com má formação.
Na concepção de muitos, se não da maioria dos cidadãos americanos, as bombas atômicas salvaram a vida de talvez 1 milhão de soldados americanos e a destruição de Hiroshima e Nagasaki é vista como um pequeno preço a ser pago por salvar tantas vidas e levar a guerra terrível ao final. Esta visão dá a impressão que o ataque nestas cidades com armas atômicas foi útil, rendeu frutos e é uma ocasião a ser celebrada. Más a necessidade de se jogar as bombas para terminar a guerra tem sido amplamente discutido pelos historiadores. Muitos intelectuais, incluindo Lifton e Michell, mostram que o Japão estava com intenções de se render quando as bombas foram jogadas, que a estratégia militar americana havia calculado muito menos baixas de uma invasão do Japão e finalmente que havia outras maneiras de se terminar a guerra sem utilizar bombas atômicas nas duas cidades japonesas. Entre os críticos do uso das armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki estão líderes militares americanos. Em uma entrevista após guerra o General Dwight Eisenhower, que mais tarde viria a ser presidente dos EUA, disse a um jornalista: "os japoneses estavam prontos para se renderem e não era necessário atacá-los com aquela coisa terrível."
O Almirante William D. Leahy, chefe do grupo de trabalho de Truman, escreveu:
"Na minha opinião o uso desta arma bárbara em Hiroshima e Nagasaki não ajudou em nada na nossa guerra contra o Japão. Os japoneses já estavam vencidos prontos a se renderem ... Sinto que sendo os primeiros a usá-la, nós adotamos o mesmo código de ética dos bárbaros na Idade Média... Guerras não podem ser ganhas destruindo mulheres e crianças..."
Não há reconhecimento suficiente no mundo e nem nos EUA de que as vítimas das bombas eram na maioria civis, que aqueles mais próximos do epicentro das explosões foram incenerados enquanto os mais distantes receberam a radiação, que muitos tiveram mortes dolorosas e que mesmo hoje, mais de cinco décadas após o ataque com bombas nucleares, os sobreviventes ainda sofrem os efeitos da radiação. As bombas de Hiroshima e Nagasaki fazem parte do passado. Mas elas ensinem umas das lições mais importantes da humanidade: existe a possibilidade de sermos exterminados como espécie, não simplesmente mortes individuais, mas o fim dos seres humanos. Cada dia em que as armas nucleares continuem a existir na Terra é um dia que se festeja uma catástrofe como aquelas de Hiroshima e Nagasaki em 6 e 9 de agosto de 1945.
Mais de 30 mil armas nucleares existem no mundo hoje. Tudo isto apesar de que os maiores e mais antigos portadores de armas nucleares, EUA, Russia, China, França e Reino Unido, terem prometido, há mais de 30 anos, eliminar suas armas nucleares. A proliferação de armas nucleares para Israel, Índia, Paquistão e Korea do Norte e a possível aquisição e produção de armas nucleares por organizações não estatais, tem aumentado o perigo de uma guerra nuclear intencional ou por acidente mais cedo ou mais tarde.

Quem leva o Mundial de futebol 2014!

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