quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Envelhecer: aí está um grande negócio - Prof. Joseph Coughlin (WWF àgua)

Hoje nossos idosos não têm muita opção para administrar os efeitos naturais da vida longa. Num futuro próximo isso deve mudar, como vimos no outro post. Aqui vão alguns exemplos de como isso deve acontecer muito em breve, representando uma enorme oportunidade de negócios e de trabalho.

Quem nos fornece esses exemplos é o professor Joseph Coughlin, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e fundador do laboratório sobre o envelhecimento da universidade.

As novas casas: um exemplo da tecnologia ajudando no caminho para o futuro é a telemedicina – tratamento de saúde à distância –, que já é uma realidade em casos de insuficiência cardíaca. Isso atende a um dos valores importantes ditados pelos baby-boomers, cuidados com a saúde. “No futuro, haverá uma ‘estação de saúde’ nas casas, instalada na cozinha ou no banheiro. Isso deve estimular os fabricantes como a Philips ou a Samsung a produzir novos sistemas de fácil utilização”, vaticina o especialista. Nossa casa deixará de ser o lugar de espera da morte.

Deverá ser algo novo, agradável e acessível fisicamente para garantir a independência e a mobilidade. A cozinha deverá ser mais inteligente e preparada para ser vista como o centro de saúde e bem-estar integral. Além de aparelhos que ajudem a indicar os níveis de glicemia e de pressão arterial, por exemplo, os aparelhos que auxiliam no preparo da comida devem ser de fácil manejo e menor risco. Até mesmo o acesso à comida deve ser facilitado. “Quando quase todos os produtos chegarem dos supermercados com uma etiqueta de identificação por freqüência de rádio com dados como vencimento, ingredientes, quantidade de porções e até sugestões de preparo, bastará retirá-los da despensa ou da geladeira para que dispositivos ligados à Internet coletem informações sobre hábitos alimentares da família e elaborem uma lista virtual de compras”, diz o professor.

Os novos carros: uma estatística recente mostra que a tendência é haver mais idosos dirigindo carros do que até hoje tivemos. E isso faz sentido, principalmente em cidades grandes onde mobilidade é sinônimo de possuir um automóvel. Os carros também deverão mudar de cara e de jeito. “Os automóveis deverão ser mais amigáveis ao usuário. Entrar e sair do veículo, por exemplo, será mais fácil; as janelas e os retrovisores contribuirão para favorecer a visibilidade”. A tecnologia da informação será poderosa aliada da engenharia para favorecer a segurança do usuário, isso sem falar da importância do design, porque beleza e praticidade devem caminhar juntas.

As novas comunidades: é uma forte tendência, principalmente nos Estados Unidos, a construção de condomínios e comunidades para pessoas que vivem sozinhas ou por opção ou porque perderam o companheiro, e os filhos estão vivendo suas vidas. Nada de “deprê” nisso. Apenas um novo formato de vida. Com essa cabeça surgem cada vez mais comunidades residenciais próprias para a terceira idade. Elas buscam “ser dinâmicas e agradáveis e oferecem fornecedores confiáveis para ampla variedade de serviços como limpeza e arrumação, compras de alimentos, transporte e assistência médica”, além de gente especializada em manter os moradores conectados entre si e com o mundo. Promover a comunicação entre a comunidade e o mundo será um grande desafio para profissionais do ramo que, de novo, contarão com a tecnologia para ajudá-los.

As novas lojas: o professor Coughlin diz que, ao contrário do que se imagina, a oferta de uma variedade enorme de produtos sob o mesmo teto costuma mais confundir do que ajudar na decisão de compra dos mais velhos. “Talvez os gestores descubram que para agradar a geração baby-boomers o modelo deveria ser do tipo village centers com a integração de serviços residenciais e comerciais (e até sociais), a fim de inserir lojas e restaurantes no formato de comunidade".

Nenhum comentário:

Quem leva o Mundial de futebol 2014!

No you, it´s 4shared