
Quem nos fornece esses exemplos é o professor Joseph Coughlin, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e fundador do laboratório sobre o envelhecimento da universidade.
As novas casas: um exemplo da tecnologia ajudando no caminho para o futuro é a telemedicina – tratamento de saúde à distância –, que já é uma realidade em casos de insuficiência cardíaca. Isso atende a um dos valores importantes ditados pelos baby-boomers, cuidados com a saúde. “No futuro, haverá uma ‘estação de saúde’ nas casas, instalada na cozinha ou no banheiro. Isso deve estimular os fabricantes como a Philips ou a Samsung a produzir novos sistemas de fácil utilização”, vaticina o especialista. Nossa casa deixará de ser o lugar de espera da morte.
Deverá ser algo novo, agradável e acessível fisicamente para garantir a independência e a mobilidade. A cozinha deverá ser mais inteligente e preparada para ser vista como o centro de saúde e bem-estar integral. Além de aparelhos que ajudem a indicar os níveis de glicemia e de pressão arterial, por exemplo, os aparelhos que auxiliam no preparo da comida devem ser de fácil manejo e menor risco. Até mesmo o acesso à comida deve ser facilitado. “Quando quase todos os produtos chegarem dos supermercados com uma etiqueta de identificação por freqüência de rádio com dados como vencimento, ingredientes, quantidade de porções e até sugestões de preparo, bastará retirá-los da despensa ou da geladeira para que dispositivos ligados à Internet coletem informações sobre hábitos alimentares da família e elaborem uma lista virtual de compras”, diz o professor.
Os novos carros: uma estatística recente mostra que a tendência é haver mais idosos dirigindo carros do que até hoje tivemos. E isso faz sentido, principalmente em cidades grandes onde mobilidade é sinônimo de possuir um automóvel. Os carros também deverão mudar de cara e de jeito. “Os automóveis deverão ser mais amigáveis ao usuário. Entrar e sair do veículo, por exemplo, será mais fácil; as janelas e os retrovisores contribuirão para favorecer a visibilidade”. A tecnologia da informação será poderosa aliada da engenharia para favorecer a segurança do usuário, isso sem falar da importância do design, porque beleza e praticidade devem caminhar juntas.
As novas comunidades: é uma forte tendência, principalmente nos Estados Unidos, a construção de condomínios e comunidades para pessoas que vivem sozinhas ou por opção ou porque perderam o companheiro, e os filhos estão vivendo suas vidas. Nada de “deprê” nisso. Apenas um novo formato de vida. Com essa cabeça surgem cada vez mais comunidades residenciais próprias para a terceira idade. Elas buscam “ser dinâmicas e agradáveis e oferecem fornecedores confiáveis para ampla variedade de serviços como limpeza e arrumação, compras de alimentos, transporte e assistência médica”, além de gente especializada em manter os moradores conectados entre si e com o mundo. Promover a comunicação entre a comunidade e o mundo será um grande desafio para profissionais do ramo que, de novo, contarão com a tecnologia para ajudá-los.
As novas lojas: o professor Coughlin diz que, ao contrário do que se imagina, a oferta de uma variedade enorme de produtos sob o mesmo teto costuma mais confundir do que ajudar na decisão de compra dos mais velhos. “Talvez os gestores descubram que para agradar a geração baby-boomers o modelo deveria ser do tipo village centers com a integração de serviços residenciais e comerciais (e até sociais), a fim de inserir lojas e restaurantes no formato de comunidade".
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